domingo, 4 de dezembro de 2011

À Procura de um Amor

Você está aí sozinho.
Devora um saco de batatinha frita
enquanto espera o telefone tocar.
Bem que poderia ser hoje, um amor novinho em folha!
Trrrimmmmmm!!! É a sua mãe, quem mais poderia ser?
Amor nenhum faz chamadas por telepatia.
Amor não atende com hora marcada.
Ele pode chegar antes e encontrar você numa fase galinha,
nem aí para relacionamentos.
Pode chegar tarde demais
e ver você desiludido com a vida, desconfiado.
Por que ele nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, você está de banho tomado,
empregado e com dinheiro para ir ao cinema!
Agora que você pintou o apartamento, organizou o seu quarto.
E justo agora está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando se menos imagina.
Você passa a festa inteira hipnotizado alguém
que nem lhe enxerga e mal repara no outro alguém
que só tem olhos para você.
O amor é que nem tesourinha de unhas.
Nunca está onde a gente pensa.
O amor pode estar num corredor de supermercado,
numa fila de banco, ou numa livraria,
ao seu lado, num carro parado ali no trânsito.
O amor está em todos os lugares.
Você é que não procura direito.
Então, a primeira lição está dada: o amor é onipresente.
A segunda é mais imprevisível:
não espere ouvir eu te amo num jantar a luz de velas.
Amor não gosta de clichês.
É bem possível que aquele 'eu te amo'
aconteça numa terça-feira,
à tarde, depois de uma discussão.
Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.

1 comentários:

  1. Curti mto seu blog, parabens! se puder, de uma passadinha no meu allcolica.blogspot.com
    beijoos ;**

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